Introdução: o índice de assimetria de amplitudes (IAA) é registrado no gráfico do arranjo espectral de frequências (Compressed Spectral Array – CSA) simultaneamente ao EEG convencional. Em adultos os valores do IAA se mostraram inferiores a 7%, traduzindo as diferenças de amplitudes entre pares de eletrodos nas faixas de frequência do EEG.

Objetivo: estudar o IAA durante o sono de crianças, avaliando assimetrias através de gráfico online e de tabela offline e comparando com os valores dos adultos.

Metodologia: estudamos 35 crianças menores de 5 anos com EEG dentro de limites normais e separamos os grupos abaixo e acima de 2 anos e também os grupos com sono espontâneo e os com sono induzido por Hixizine.

Resultados: as tabelas do IAA comparando os dois grupos etários e os grupos com sono espontâneo e sono induzido não se mostraram significativamente diferentes, mostrando ausência de efeitos da idade e do medicamento.

Adultos em vigília mostram maiores valores de IAA (máximo de 7%), enquanto nas crianças os valores chegaram até 3,7%.

Em 4 outros pacientes a análise visual do EEG levantou a suspeita de aumento do IAA (assimetria); a comparação com o grupo de 35 pacientes mostrou: 1 aumento, porém abaixo de 7%; 1 mostrando apenas em T3 o valor de 7,9 % para delta; 1 mostrou aumento de todas as frequências na região parieto-temporal E; 1 mostrou aumento de delta e teta à E (poupando T3) e aumento de alfa e beta em frontal E. Interpretamos o aumento delta e teta como variações devidas à maior amplitude destas atividades em sono e as assimetrias alfa e beta como tradução da assincronia dos fusos do sono, refletidas na seleção das amostras.  O mapeamento cerebral destes pacientes não revelou alterações significativas.

Conclusão: a definição dos valores normais do IAA de crianças em sono poderá auxiliar na avaliação clínica do ritmo de base destes pacientes.