Introdução: sempre correlacionada ao quadro clínico a análise do EEG convencional, simultaneamente ao espectro de frequências (Compressed Spectral Array – CSA) associado ao índice de assimetria de amplitudes (IAA) permite melhorar o alcance diagnóstico desta avaliação. O CSA mostra o predomínio de ondas lentas e o IAA permite avaliar se há desvio da faixa de frequências para a esquerda ou para a direita através de gráfico online e de tabela offline.

Objetivo e Método: demonstrar o uso clínico desta ferramenta através da revisão retrospectiva de casos selecionados.

Resultados: 1) a assimetria online permite indicar origem central para um distúrbio local de ondas lentas, ao contrário da simetria esperada para os distúrbios sistêmicos tóxico-metabólicos. A observação de assimetria contínua ou intermitente e sua mensuração no EEG podem facilitar a avaliação, como demonstrado nos exemplos selecionados (hipóteses diagnósticas de encefalopatia autoimune e distúrbio de comportamento).

2) As tabelas geradas offline permitem comparar percentualmente o IAA entre pares de eletrodos e uma das principais utilidades é a avaliação do ritmo da falha óssea “breach rhythm”, quando se  pode verificar quais frequências predominam na área da falha, se fisiológicas (alfa e beta) ou patológicas e mensurar seu incremento. Também permite fazer a avaliação sequencial de um paciente, comparando sucessivos EEG.

Conclusão: a avaliação do IAA no EEG é útil para melhor caracterizar e mensurar algumas alterações observadas, antes limitadas somente à análise visual.